quinta-feira, junho 09, 2005

Será o Alberto João NANDO?

"Eu digo bastardos para não dizer filhos da puta" Alberto João Jardim - 3/06/2005


Sem sombra de dúvidas, o Alberto tem muitos traços nandescos. Em primeiro lugar, tem um traço de azeiteiro muito próprio, o que juntamente com a pronúncia madeirense dá-lhe um carácter inovador. Depois é um fã da típica rambóia. Basta vê-lo no Carnaval (sim, ainda tenho na memória a capa do 24 horas onde aparecia o Alberto de tanga). Por fim, quando alguém se refere assim aos jornalistas, nem quero imaginar o que fará ou dirá aos seres abichanados. Falta apenas a costela benfiquista, mas tenho a impressão que até esse requisito ele cumpre. Moral da história: este homem tem tudo para ser um NANDO honorário.
Deixando um pouco as nandalhices de lado, gostava de expressar a minha concordância no conteúdo das declarações do Alberto mas nunca na forma como foram ditas. Se isto fosse tornado público por exemplo através de uma escuta telefónica, não veria em si qualquer tipo de problema. A questão é que pessoas com responsabilidade não podem expressar-se assim em público. Haja um mínimo de boa educação. Mas como em Portugal quase tudo é permitido à classe política (já repararam que o défice chegou a este valor e não há responsáveis?), cá estamos nós, à espera da próxima posta de bacalhau do Alberto.
Relativamente aos jornalistas, ouvi o sindicato (bargh) dizer que os jornalistas deviam ser respeitados no exercício da sua profissão. Agora pergunto eu, desde quando é que essa gente respeita alguém?
Saudações

sexta-feira, junho 03, 2005

NANDOS AO PODER (pior do que os que la estão é impossivel)

Apetecia-me aqui deixar um "eu bem vos avisei" ou um "puseram-nos la, agora aguentem", mas acho que todos já perceberam isso mais depressa, talvez, do que se poderia imaginar. Não, não é o facto do SL Benfica se ter tornado novamente campeão nacional que me atormenta.

O que me atormenta é a situação de um País decadente, sem valores, sem rumo, sem estratégia. Senão, vejamos:

1. O ditado antigo "Com a verdade me enganas" com usado com mestria pelo Governo nos primeiros meses de governação, ao nomear a Comissão Constâncio para determinar o que todos já sabiamos: o défice orçamental real português é elevadissimo. Mas nao se trata de nada de novo. Novos foram os contornos com que a noticia foi lançada. Não foi explicado que este é o Defice SEM MEDIDAS EXTRAORDINARIAS, que ate que provem em contrario, nada faz crer que este Governo nao utilize. E isto foi usado como justificação para uma serie de medidas de urgencia de curto prazo, mas com serias repercussões a longo prazo. Não no défice, esse manter-se-á. MAs antes no crescimento do País, na sua economia. Em resumo, no bolso dos portugueses.

2. A classe média é novamente sacrificada. Novamente politicas de restrição são aplicadas em periodo descendente do ciclo economico que vão resultar num ainda pior estado da economia. E tudo porque nao ha coragem (como antes nao houve) de aplicar medidas estruturais. Medidas de fundo que diminuam o peso do estado na economia. E não, diminuir o peso de estado nao é um render ao neo-liberalismo (apesar de nao haver nenhum mal nisso). É antes algo absolutamente necessário para a viabilidade economica de um país. Mas como todos sabemos, não será o PS o partido com maior vocação para diminuir o peso do Estado...

3. "Faz o que eu digo, nao faças o que eu faço". Ontem foi tornado publico que o nosso ministro das finanças recebe uma choruda reforma proveniente de um fundo privado. Nada de ilegal. Tudo de imoral. Claro que o Estado tem que deter nos seus quadros os melhores profissionais para levar a cabo medidas fundamentais para o País. E esses profissionais são caros. Contudo, o Estado nao é uma qualquer empresa. O Estado representa todos os cidadãos e afecta todos os cidadãos. Ao pedir sacrificios aos portugueses, o exemplo tem necessáriamente que vir de cima. Não fará grande diferença, dirão. Certamente que não. Nem é uma questão matemática. É uma questão moral e ética. Mais, é uma questão de psicologia politica, ajudando ao cumprimento das medidas por parte de todos nós.

4. "Diz-me que filiação partidária tens, dir-te-ei em que empresa publica estarás". Pois é, os boys estão de volta. Desta vez é o Dr. Fernando Gomes a tomar a redea da GalpEnergia. O argumento é que tem experiencia em gerir orçamento de 250 milhoes de euros na camara do porto e que é economista. Ora bem, a avaliar a forma como esbanjou esse orçamento, eu que tambem sou economista e que tenho que gerir 750 euros mensais para sobreviver acho que daria um muito melhor gestor da galpenergia. E nem sequer exijo um ordenado tao elevado!

5. Por último nao queria deixar de aconselhar a todos que estejam fartos destas situações de comparecer no lançamento do novo DVD dos NANDOS. É sem duvida politicamente incorrecto, mas ao menos nao mente em campanhas eleitorais, nao cria jobs for boys, nao esbanja dinheiro publico, nao foge aos impostos e dentro do uso de palavras menos dignas, nao chegar à imoralidade do senhor ministro das finanças.

saudaçoes nandescas/lancastrianas